
A condição de artista plástica – diz Rui Prata – confere-lhe uma liberdade e um estatuto distinto na utilização do suporte, construção que se encontra mais afastada do olhar fotográfico para mergulhar num universo de uma estrutura mais mental e conceptual.
À luz desta gramática fotográfica, o projecto “Surfaces” – adianta aquele programador artístico – contém um conjunto diversificado de elementos característicos daquele meio de representação: luz, cor, realidade fragmentada, forma, escala e composição.

Diz Rui Prata que algumas texturas das rochas sedimentares convidam a imaginação a descobrir antropomorfismos ou figuras que nos evocam um universo de formas mágicas.
Do mesmo modo, podemos remeter essas texturas para metáforas do envelhecimento humano, em que a própria rugosidade da superfície é comparável à textura da pele.
Nas fotografias dos bosques – enfatiza Prata – a fragmentação e os reflexos conduzem-nos a falsas realidades, a um universo onírico.
Christine Canetti nasceu em França em 1959, tendo frequentado, além da École Nationale des Arts Appliqués (Paris), a Faculdade de Artes Plásticas. Desde 1983 que tem participado em exposições colectivas e individuais, quer em França, quer em países europeus, como nos Estados Unidos da América. Em Portugal, destaca-se a sua participação na exposição “Au Fil de L’Eau”, realizada em 1998 no Museu da Electricidade (Lisboa).As suas obras integram diversas colecções privadas e públicas, designadamente o acervo de “Fonds National d’Art Contemporaine”.
Mais informação:
Museu da Imagem, Campo das Hortas, 35/37 - 4700.421 Braga - 253 278 633
ou www.euran.com/christinecanetti.htm